Distinção entre o juízo analítico e sintético.
Para
entender, mesmo que superficialmente, a distinção entre esses dois juízos é
preciso ter em mente, que todo conhecimento inicia a partir da experiência,
portanto só é possível conhecer algo, se o objeto analisado estimular os
sentidos.
Em
principio, a experiência precede qualquer forma de conhecer, mas com isto não
está sendo afirmado que todo o processo do conhecimento procede a partir da
experiência, fundamentalmente há três formas de conhecimento: “a priori” (consiste em um saber que
procede desde o principio), o “a
posteiori” (por sua vez consistindo posteriormente, em seguida, a partir da
experiência) e o puro que consiste em um conhecimento “a priori”, porém não ocorrendo nenhuma relação com o empírico.
A
relação lógica de um sujeito com um predicado chama-se “juízo”, ou seja, todo
“juízo” obedece a uma lógica a ser seguida, mas há duas formas para formar esta
relação lógica, sendo o juízo analítico e o juízo analítico. Analítico
significa “diluente”, “decomponente”; Uma demonstração de juízo analítico é a
seguinte sentença: “a esfera é redonda”, é notável que o predicado já esta
contido no conceito do sujeito, visto que não há esfera quadrada. Sintético
significa “conectante”, “ligante”, um exemplo de juízo sintético é a seguinte
frase: “a esfera é dourada”, há um acréscimo no conceito do sujeito, pois neste
caso o predicado não está necessariamente contido no conceito do sujeito, pois
nem toda esfera é fundamentalmente dourada. Portanto o juízo analítico
fundamenta-se a priori da experiência
e o juízo sintético fundamenta-se a
posteriori da experiência, porém há como existir juízos sintéticos a priori? Com certeza, está é a grande
pergunta da obra de Kant.
O
próprio Kant cita vários exemplos, alguns até do sendo comum, para explicar a
existência de juízos sintéticos a priori,
mas neste texto tentarei construir novos exemplos: O clássico postulado “a
menor distância entre dois pontos é uma reta” é um bom exemplo de juízo
sintético a priori, para quem já sabia
a existência desde postulado parece algo banal, mas imaginemos a seguinte
situação: Em uma sala crie vários caminhos, inclusive um em linha reta, e nas
duas extremidades coloque uma criança e um brinquedo, de forma automática a
criança procurará o caminho em linha reta, outro exemplo parecido são os
labirintos de revistas infantis, sempre que paramos para fazer uns desses
labirintos procuramos o caminho mais reto possível, ou seja, no primeiro caso a
criança mesmo sem saber a existência do postulado ela o executou e da mesma
forma no segundo caso em que executamos automaticamente o postulado.
Portanto
para Kant a ciência deve ser fundamentada em juízos sintéticos a priori, visto que no juízo analítico a priori não há descobertas e nos juízos
sintéticos a posteriori é necessária
a experiência, sendo assim para Kant a melhor forma de fazer ciência é
fundamenta-se em juízos sintéticos a
priori que ao mesmo tempo faz descobertas e é compreendido por qualquer um,
quase que de forma automática, ou seja, a genialidade da simplicidade, de
desvelar o que de tão banal não enxergávamos.
Só uma correção: Na oitava linha é: juízo analítico e juízo sintético.
ResponderExcluirMas fora isso, o texto está muito bom!